A polêmica existe e está longe de perder força: a presença de animais em condomínio, cada vez mais frequente, pode causar discórdia e mal-estar entre os vizinhos. É papel do síndico, na condição de mediador, agir para minimizar os impactos negativos que eventuais problemas possam ocasionar.
Apesar de o condomínio ser um espaço comum adquirido por diferentes famílias, a legislação brasileira não permite que um morador interfira no direito de propriedade do outro. Na prática, isso quer dizer que um vizinho não pode ditar regras sobre quem mora na unidade ao lado.
Sendo assim, caso uma pessoa queira ter animais domésticos no apartamento, ela pode. Isso por que o direito de propriedade, previsto na Constituição Federal, transcende possíveis convenções de condomínio com regras que proíbam o abrigo de pets.
Mas como o síndico pode atuar para resolver esses impasses? Continue a leitura e descubra agora mesmo!
1. Seja claro com relação à segurança
Para que a convivência de pessoas e animais em condomínio seja harmoniosa, é necessário estabelecer regras básicas. Entre elas, a segurança é uma das mais primordiais. Quem se dispõe a ter um pet precisa garantir que o animal seja domesticado.
Apesar de muitos cães e gatos serem dóceis por natureza, alguns podem ter personalidade distinta e serem mais agressivos. Nesse caso, é papel do dono tomar atitudes para adestrá-lo e colocar focinheiras, de forma a garantir que nenhum outro morador ou frequentador do condomínio sofra ataques ou sinta-se ameaçado.
2. Explicite a importância do sossego e da saúde
O dono do animal deve garantir que seu pet não atrapalhe o sossego do condomínio. Isso inclui certificar-se de que ele não suje os espaços comuns, não fique latindo de madrugada ou sempre que ficar sozinho em casa e não incomode outras pessoas. Afinal, o barulho excessivo e fora de hora é uma das maiores causas de desavenças nos condomínios.
Ele também precisa garantir que o animal esteja com as vacinas em dia e em condições adequadas de saúde. Dessa forma, não há risco à saúde dos demais moradores, tanto humanos quanto de quatro patas.
3. Garanta a limpeza do condomínio
Outra regra básica de convivência nos condomínios é com relação à limpeza. Animais pequenos podem ser carregados pelos donos quando passarem pelas áreas comuns, evitando assim que façam as suas necessidades básicas no local errado, mas isso não pode ser uma imposição.
Em todo caso, se ocorrer algum acidente, é de responsabilidade do dono fazer a limpeza de imediato.
4. Saiba mediar conflitos
Os conflitos provavelmente vão ocorrer diante da presença de animais em condomínio, mesmo que as regras de convivência sejam claras. Nessas situações, é papel do síndico mediar os problemas — e contar com o auxílio de uma administradora pode ajudar bastante nessas horas.
O mais importante é ter as regras de convivência bem definidas. Essas normais devem incluir, por exemplo, a necessidade de que os animais circulem somente de coleiras nos ambientes comuns, que os moradores assegurem o sossego dos vizinhos nos horários devidos e que o apartamento permaneça limpo para evitar mau cheiro. Além disso, reforce o fato de que crianças não devem ficar responsáveis pelos animais nas áreas comuns do prédio, entre outras regras que forem necessárias.
Viu só? O assunto é polêmico, mas garantir a convivência harmoniosa de animais em condomínio é uma possibilidade real. Com regras claras, permeadas pelo bom senso e amplamente divulgadas para o conhecimento de todos, donos de pets podem dividir um condomínio com demais moradores com tranquilidade. Uma boa base para a mediação em caso de eventuais discussões também faz a diferença.
Agora que você já conhece algumas dicas para garantir a boa convivência de animais e moradores no condomínio, compartilhe este post nas suas redes sociais! Assim, seus amigos que também passam por dificuldades vão poder equilibrar esse convívio.
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